quinta-feira, 27 de abril de 2017

BaVi: Caiu o último dos moicanos

Desde criança que eu sempre admirei o BaVi, o maior clássico do norte-nordeste do Brasil. Clássico que já lotou a antiga Fonte Nova, com cem mil torcedores, que já foi disputado em Pituaçú, outro estádio de Salvador, e já foi disputado até em Feira de Santana, em 2008, quando a Fonte Nova estava fechada.

Como torcedor do Bahêa, como cidadão baiano, uma das maiores alegrias era ver as duas torcidas juntas no estádio, pai e filho, marido e mulher, divididos por suas paixões futebolísticas, mas, unidos pelo BaVi. Sempre foi assim.

Hoje, 27/04/17, isso muda. Pela primeira vez na história as torcidas estarão separadas, não por escolha das torcidas, nem por escolha dos clubes, mas, pela justiça, que diz que é para conter a violência, isto aconteceu. Sim, torcida única na Bahia.

A pergunta que não quer calar: Qual é o lugar que colocando torcida única no estádio diminuiu a violência entre as torcidas?

Os poderes públicos, polícia, justiça e governo, não conseguem resolver o problema da violência, e tratam com mais violência, pois esta ação é uma violência contra os clubes e as torcidas, contra o futebol e contra o esporte. Não é com a separação nem com a exclusão que se resolve a violência, mas sim, tratando os problemas de forma correta. Se precisa de mais policiamento dentro do estádio, coloca-os, se precisa de mais segurança fora do estádio, aplica-se. O que não se deveria era separar, pois isso só aumenta uma rivalidade e dá combustível aos tolos que praticam a violência.


Eu sou a favor da torcida mista no BaVi.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Politica: "Discordar de você não me faz teu inimigo".

Como é terrível a ação dos seres humanos hoje em dia no Brasil. É insuportável perceber o quanto as pessoas brigaram e ainda estão brigando, antes, durante e até depois do processo eleitoral. Todas as vezes que uma pessoa manifesta sua insatisfação com o resultado, outro parte com agressões, ofensas e escarnio. Independente da posição do manifestante. Fala-se em construir um país melhor. Como construir um país melhor se nem podemos dialogar nas redes sociais sem brigarmos?
Não se constrói um país novo, fazendo prática antigas. Continuamos julgando que apenas um modo de pensar é o correto, sem, nem o menos, analisar o argumento do outro. Deveríamos e devemos agir de um modo novo para construir um país novo, mas, se nem ouvimos o outro? Como evoluímos?
O fato de descordar do outro, não te torna inimigo dele. Mostra que podemos construir um futuro com ideias diferentes, que dialogadas, pode-se chegar a um consenso, onde podemos buscar o melhor para todos.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Repudio à ignorância

Estou a acompanhar os Jogos Olímpicos, e mais uma vez, percebendo o quanto é necessário investir em esporte desde a infância para se construir um grande atleta. É impressionante o quanto as potencias do esporte investe na base educacional de seus países. Desde cedo a prática de espotes é incentivada, e o atleta é testado em diversas áreas, desta forma, é mais fácil identificar talentos ainda precoce e prepara-los, refinando-os para cada modalidade esportiva.
Não incentivamos os nossos esportes, fora alguns esportes coletivos, como futebol e voleibol, ainda estes, não incentivados tão bem, os esportes individuais acabam ficando em segundo plano, e os atletas que recebem patrocínio são aqueles que já apresentaram algum resultado, o que, financeiramente, foi bancado pelo próprio atleta até então.
Neste cenário, acho um grande feito quando vejo esportistas brasileiros disputando provas em Olimpíadas, pois o caminho é muito árduo para eles, não que eu espere que sempre ganhem uma medalha, afinal, ainda estamos muito longe de nossos adversários, mas porque, vejo que já é uma grande feito.
Para chegar nos jogos, uma pessoa trabalhou por quinze... vente anos... Abdicou de mutas coisas, se disciplinou, foi morar longe de casa e até de seu país para obter apoio. Neste ponto eu vi a final de natação dos cinquenta metros nado livre, onde o brasileiro Bruno Fratus disputou a final. Prova rápida, menos de 22 segundos, o brasileiro foi sexto, porém, está prova aconteceu no mesmo horário de um dos jogos de futebol da seleção olímpica masculina, interromperam a transmissão do jogo para exibi a prova, e durante a transmissão pensaram que nosso atleta tinha terminado em oitavo, voltando a transmissão do "baba" (futebol na Bahia), houve o seguinte dialogo irônico entre o comentarista de futebol e o narrador da natação: comentarista: "O brasileiro ficou em oitavo, não foi?" narrador: "Foi" comentarista: "Não é o ultimo?"
Não! Não é o ultimo.Não pode ser ultimo. É aquele que passou por todas as etapas acima citadas e ainda se classificou para os Jogos, depois se classificou em uma eliminatória e em uma semi-final para chegar à final. Será possível que o brasileiro só presta quando vence? Será que as lutas travadas para chegar a uma final não contam? Neste momento eu percebi o quanto somos ignorantes, o quanto nos falta conhecimento e respeito aos nossos atletas. Enquanto chamamos alguns de gênios e heróis, descartamos os outros, de esportes que nem conhecemos. Um comentarista, que nem conhece determinado esporte, mas que tem uma grande audiência e, portanto, a possibilidade de construir opiniões, deveria se conter a comentar apenas seu esporte, coisas que nem sempre faz bem.
Parabéns Bruno! Isso é o minimo que você merece, seu sexto lugar nestes jogos mostra que, com incentivo e treinamento podemos conquistar mais, seu sexto lugar é uma vitória da natação e dos esportes brasileiros

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Sem inspiração

Nunca mais um poema
Para falar de mim
Para falar de meu amor
Para falar de minha alma

Falta inspiração
O coração está vazio
As alegrias estão escassas
A vida está nebulosa

Nunca mais um poema
Mas, como o dia vem após a noite
A primavera após o inverno
A inspiração voltará
Minha alma será reinflamada

Voltarei a cantar
A propagar o meu amor
A falar do que sinto
Mas, até lá
Nunca mais um poema

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Não percebeu
porém, com um olhar que me lançou
penetrou em meu coração
visualizou todos os meus segredos
descobriu todas as minhas fraquezas
olhou na essência de min
no meu eu mais profundo
sei que não percebeu
mas naquele dia me conquistou
e eu me apaixonei por ti

domingo, 15 de junho de 2014

sem esperar nada em troca
sem buscar reconhecimento ou atenção do outro
sem esperar que o outro entenda que seu amor ainda é imperfeito
e que esta imperfeição te leva à mágoa
quando atitudes simples a muitos olhos ferem o seu coração
deixando marcas tão profundas que não tem como explicar, calcular ou mostrar

porém, o fato de não amarmos perfeitamente
é que nos leva a amar o outro
que também imperfeito, tentamos aperfeiçoar com nossas qualidades
e ser aperfeiçoado com as qualidades deste

infelizmente, há momentos em que ambos esquecem
que um completa  o outro com suas qualidades
e vivem apenas os defeitos
justamente as coisas que afastam um do outro

entretanto, é neste momento, que faz-se necessário amar profundamente
pois, justo nos momentos mais difíceis
que o amor é provado, testado e experimentado
ai que tem-se que amar sem exceções, sem medo ou espera
tenha certeza, vai se machucar muito, até descobrir a perfeição em amar
mas, sem arriscar, sem tentar, sem buscar amar, jamais chegará a perfeição

então tente, arrisque, porém ame, pois somente amando chegarás ao AMOR