sábado, 28 de julho de 2012

Greve dos professores na Bahia: Quem está errado?

Quando vemos a situação da greve dos professores na Bahia, que se arrasta há tantos dias sem previsão para acabar, sem possibilidade de negociação, sem interesse de solução de ambas as partes. Às vezes nem percebemos que esta greve reflete a realidade da educação neste estado nação. Anos de uma má formação de nossos alunos e falta de investimento na educação baiana.
Há quase vinte anos o estado tem grandes índices de aprovação, porém quando analisamos a qualidade de ensino, vemos que está aprovação não reflete qualidade. Funciona da seguinte forma: o estudante que vai a escola, que está presente as aulas, este tem aprovação. A única forma de não ser aprovado é por número de faltas, por enquanto.
Não quero com isso dizer que sou a favor de punir os estudantes, mas quando existia reprovação também não havia punição aos formadores (professores e diretores). O que eu quero dizer é que não dá para ver uma criança chegar ao sexto ou sétimo ano sem a capacidade de efetuar as quatro operações básicas da matemática, ou sem capacidade de interpretação de texto. E me perdoem professores, mais para ensinar estas coisas não precisamos de muito , apenas vontade de fazer as coisas certas para com a função que exercem.
Antes que digam que não respeito os professores, saibam que penso que deveriam ser os profissionais mais valorizados de nosso país, e que penso em um dia também ser um professor, mais para ajudar e desenvolver o conhecimento.
Como falei no título, quem está errado? Querem saber a resposta? Todos estão errados. Estão errados os professores que mantém uma greve que já eliminou um ano de formação de mais de um milhão de jovens baianos. Está errado o governo, pois não teve tato para lidar com esta greve, ainda mais com a história que tem o governador da Bahia. Estão errados também os estudantes e suas associações, que tantas vezes já parou a cidade de Salvador, devido a aumento na passagem de ônibus e hoje não protesta, não reclama, nem a favor dos professores, nem a favor do governo, e o pior, nem a favor deles mesmos. Salvo algumas manifestações isoladas. Estão todos errados.
Eu espero que todos consigam esquecer o próprio ego, e chagar a uma solução, pois isso já ultrapassou todos os limites de paciência, tolerância e respeito de ambas as partes de negociação, e ainda mais importante, de respeito ao cidadão.